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terça-feira, 24 de maio de 2016

Preciso de uma retardada... como eu

Há de haver alguém que me queira, embora eu seja, e me reconheça, um anormal. Não tenho e nem sei, praticar os comportamentos normais, ou que seriam naturais da atualidade. Sou, o que talvez definam, como um retardado. Mas apesar de me saber exilado desse contexto social tão implementado atualmente, prefiro ser assim, um retardado, a procura, como não poderia deixar de ser, de uma outra retardada, deve ainda existir representantes dessa espécie em adiantada fase de extinção, as maravilhosas retardadas.
Sou, e bem sei, um caso de retardamento social. Sou aquele anormal que ainda manda flores, bombons, imaginem! Ainda faço poesias para quem está comigo! Faço questão de abrir a porta do carro para que ela entre ou desça, ainda quero fazer a gentileza de colocar-lhe o cinto. Gosto de um jantar a dois embalado por um bom piano, num restaurante em que conheça garçom para que ela seja bem servida. Sou retardado, deixo, gentilmente, é claro, que ela escolha o cardápio, gosto de lhe servir a taça de vinho, de lhe tirar dos lábios, alguma coisa que por acaso, ali ficou, ISSO É GOSTOSO, PARECE UM TOQUE MÁGICO. Depois, sair, passear de mão dadas (gosto de deixa-la do lado mais seguro) sorrir, brincar...sou como vêm, um perfeito retardado! Ainda tenho dificuldade de escolher a roupa com que vou sair, me preocupo se ela vai gostar, aquele temor de decepciona-la. As vezes me olho no espelho e não posso deixar de me chamar: babaca, como algumas já chamaram. Ah! Dançar! Gosto muito, uma musica lenta, bem coladinho, aquele contato, aquele perfume, a gente nem dança, flutua. Na volta para casa, estacionar o carro com a certeza que ela não terá dificuldade para descer e ainda dentro do carro, o olhar de um carinhoso e terno boa noite, abrir a porta, gentilmente segurar-lhe o braço ou a mão, leva-la até a porta, um beijo (se ela permitir) esperar até que ela entre e...sou um retardado...um perfeito retardado... um babaca.
Nessas condições, como vêm, só uma perfeita retardada! Ainda existem? Tomara! Uma retardada que possa conversar comigo no restaurante, que tenha tempo de me olhar nos olhos, sorrir, saiba falar, que me faça senti-la perto, sem o cruel concorrente do watsApp, e o doloroso silêncio de uma separação de momento. Uma retardada que não me diga: espera aí que vou mijar. Mas que seja discreta, como são todas as retardadas. Que goste de boa musica e quando dançar não mostre a calcinha e ainda diga; olha com os olhos e come com a testa. Como preciso de uma retardada! Uma que suspire ao receber flores e não ache isso coisa ultrapassada, frescura. Que quando eu abra a porta do carro ela não ironize e diga como uma sonora gargalhada: você ainda é desse tempo?! Preciso de uma retardada. Ah! Sim, que ainda perca  tempo em se depilar, que  não ache normal defecar na rua. Não quero gente inteirada e moderna assim. Quero uma retardada, dessas que discretamente  sussurram no ouvido dizendo; te amo. Ah! Quero uma retardada assim, mesmo que sejamos insultados, chamados de babacas, recatados, educados, requintados, podem insultar, mas preciso de uma ...retardada assim.


José João
24/05/2.016

sábado, 21 de maio de 2016

Eu sou mesmo é pescador

Não estou aqui pra mentir
E a verdade vou falar
Sou pescador de muito tempo
E as história vou contar

Já pesquei nos oceano
Nas lagoa, rio,  igarapé
Já pesquei cachalote a unha
Já me abracei com jacaré

Peguei sucuri a sopapo
E a briga? Ói que foi feia
Duas hora de mergulho
Pra lhe rebentar um veia

Nos oceano pesquei muito
Pesquei até um tubarão
Um bruto duns trinta metro
Duzentos quilo só o coração

Essa pescaria foi das boa
Só tava eu e meu grumete
Foi luta pra mais de dia
Matemo ele a  canivete

Uma vez numa pescaria
Aqui nas costa do Pará
Nós ferremo uma baleia
E a bicha pô-se a nadar

Eta bicha que tem força
Começou nos arrastá
Vai um dia, vai dois dia
Nada da bicha ancorá

Lá nas costa da Africa
Ela começou a  "ratiar"
Depois de dez dia brigando
Lá que conseguimo matá

Mas tem gente ignorante
Que dá de desconhecer
Não sabe as rota do mar
E vem me desmerecer

Uma vez me lembro bem
Saímo na boquinha da noite
Mode uns camarão arrastá
Não custou pra logo rede pesar

Nós era dez  home forte
Pra mode essa rede puxar
Levemo a bruta pra areia
Mas eu nem posso contar

Meus caro amigo eu juro
Tinha só um camarão
Mas o bicho era tão grande
Que não côbe no caminhão

Nem gosto de contar isso
Vão dizer que é vaidade
Outros diz qui é mintira
Mas conto pur ser verdade

José João
21/05/2.015

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