Banner

Pesquisar

segunda-feira, 4 de setembro de 2023

Liberdade ... na senzala ERA ominira

CALE-SE !! Ouço gritarem, mas... apenas rio.
Quem a mim, ousa ... mandar calar... ?
Que emudeçam os bacamartes ideológicos 
Quando minha voz se fizer um grito.
Minhas palavras são livres... livres
Como livre é minha alma e os versos
Que dela saem, por isso grito: Independência
Desde muito, na verdade, desde a senzala
Ouviu-se esse grito... já hoje... sou livre,
Não permito que minha voz seja calada,
No sarau, nas noites em volta da fogueira,
No sarau, nos salões em tapetes vermelhos
Minha voz é a mesma... podem ouvir, sou eu
Mas minha liberdade de falar, 
Respeita sua liberdade de me ouvir...
Nas minhas poesias, as entrelinhas não são mudas
São gritos ardentes, com  palavras que,
Talvez, você não queira ouvir, 
Mas elas estão ali, a liberdade de não ouvir é sua
Mas grito: OMINIRA, desde muito e desde sempre.
Ele me faz não calar... sou livre ... livre até
Para dizer: Meu direito de falar é sagrado!!
Você ouve se quiser..., mas eu falo


José João
02/09/2.023


segunda-feira, 21 de agosto de 2023

Vamos juntos, se não quiserem ...

Se me mandarem calar... eu rio
Não tenho tempo de ficar mudo
O silêncio se perdeu num grito
Um grito que vai até ao infinito

Grito a bandeira cor de esperança
Grito nos campos, nos prados, nas ruas
Grito: LIBERDADE, deixem-me falar
Soltei os grilhões, agora posso sonhar

Posso andar por qualquer caminho
Calcar as marcas dos pés nesse chão
Ninguém agora me diz quem eu sou
Sou um negro livre, caminhando eu vou

Sim, vim lá da senzala dura e fria
Onde o grito do negro na noite corria
Como fosse um canto de mágoa e dor
Mas agora sou livre, não tenho senhor

Não me digam onde ir ou o que fazer
Carta de alforria, já agora não preciso
Sou livre, e ao mundo posso gritar:
Vim da senzala e meu grito vão escutar

Não quero favores, isso é para os fracos
Sou negro mas o sangue só tem uma cor
Que herege diz que tem sangue azul?
Um pobre coitado nem merece meu rancor

Ouvi-me senhores, orgulhosos doutores.
Brancos de olhos azuis, senhores ouvi-me,
Aqui estão as mãos de um negro sem cor
Apenas alma, querem vir, cheguem, por favor

Mas se virarem as costas, podem... podem ir
Talvez até estejamos indo pela mesma estrada
Muitos outros me darão as mãos e iremos juntos
Aos soberbos digo: Pra mim, vocês não são nada.

José João
21/08/2.023
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...