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sábado, 9 de abril de 2011

A multidão não é companhia





São gemidos, são cantos, são gritos
Que se fazem conflitos.
São lágrimas, são pranto aflitos
Que correm nos rostos pálidos e tristses
Andando nas ruas como pinturas esquecidas,
Perdidas, como desenho do nada,
E a multidão segue, em procissão,
Caminhando sem tempo, perdida,
Correndo por medo da solidão
Que sorri entre escarnio e ironia.
Os olhares com brilho sumido,
Os sorrisos se escondem por pavor
De serem engolidos e a voz se cala
Como se falar fosse pecado.
Na multidão a loucura é tão comum
Que a coerência corre pedindo socorro,
Tropeçando na angustia de cada um,
Dizendo em intercalado sussurro
Que a solidão não é companheira,
A mulltidão é como uma casa vazia
Que não se tem com quem conversar
Como se está só... dentro dela !!


José João

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