Deus me deu muita sustança
Pra mode eu trabaiá
Labuto na minha roça
É pecado se robá
Se vivo numa paioça
É donde posso morá
Embora por muitas vez
Sinto raiva, sim sinhor
E pregunto o que Deus fez
Pra uns dá tanta miséria
Outros ele faz de burguês
Recebendo to mêis
Uns ele faz lavrador
Qui trabaia sem colher
Outros ele faz doutor
E na mesa farto cumê
Outros faz de pulitico
Isso pra vós mincê vê
Esses é qui são danado
Os bichos sabe colhê
Mete as mão no nosso bolso
Que dá tristeza de se vê
São tudo umas raposa véia
E as peste num qué morrer
São cara de pau atrevido
Tudo cum cara de santo
Mas num passo de bandido
Nas cueca bota o roubo
Faz tudo bem escondido
E nós cum cara de bobo
Cada um num palacete
Tem palácio e tem fazenda
Tem muié cuma infeite
No banco não paga prenda
E nossos fio sem leite
E nos colejo sem merenda
Tem uns tár de senador
Uns deputado sem vergonha
Tudo se faz de doutor
Mas aprovaro a maconha
Agora os danado roba
Sem a menor cirimonia
Tem um tá de Renam Calheiro
Um outro um tár de Sarnei
O primeiro um cuzcuzeiro
O outro um famoso ladrão rei
Cuspiro na cara da gente
E presidente do senado pru lei
Mais pru bem falá a verdade
De tudo não me sinto infeliz
Sou um trabaiador sem vaidade
Minha famia é alegre, é filiz
Tenho pena é dessas praga
Que nem o diabo não quis
José João
10/02/2.013
Hahahaha! è isso mesmo. Eita vida desolada...! Muito bom!
ResponderExcluirum abraço querido!
Eita João, mandou bonito! Parabéns e um abraço.
ResponderExcluirDisseste bem José, esses políticos são umas pragas, uns parasitas. Adorei!
ResponderExcluirTá muito bom, isso aqui...vou voltar!
ResponderExcluirUm abraço, JJ,
da Lúcia