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sexta-feira, 15 de junho de 2012

Somos o resto do que fomos



Nossos gritos se perdem no vazio sem serem ouvidos
Nem por homens, nem por Santos. Estamos sós?
A maldade mórbida da humanidade é tão forte
Que até parece, por vergonha, Deus de nós se esconde.
Orações são rezadas sem fé, deixam de ser orações.
Quem sabe o arrependimento de ter criado o homem
Se faça agora silêncio aos nossos pedidos?
Estão soltos, animais vestidos de humanos, sem alma,
Sem coração. Afinal, quem somos nós?
Os crimes são bárbaros, macabros. Onde está Deus?
O medo se faz presente no olhar de cada um,
As palavras são ásperas como pedaços de pedras
A serem atiradas sem razão, apenas para fazer doer,
Machucar, fazer sofrer, o homem criou prazer nisso,
Onde estamos? Que planeta é esse que vivemos?
Quem está tomando conta do mundo? Quem?
Não sabemos mais pensar, não sabemos mais amar,
Nem perdoar. Não sabemos mais nem ser gente, 
Não há mais humanidade. Quem somos agora?
O homem se tornou a escória do universo,
De um universo que alguns juram ser só nosso
Na nossa absurda vaidade, fruto de nossa ignorância,
Tanto que aí estão nossas  nefastas ações e atitudes.
Que decepção não seria para Deus se apenas nós
Fossemos os ocupantes de sua infinita criação!
Não soubemos usar nossa liberdade de escolha,
Não soubemos ser a semelhança do criador,
Não soubemos ser o santuário de nossas almas
Somos, agora, o triste e podre resto de nós mesmos.
É triste nos sabermos resto do que já fomos.
É triste termos expulso Deus de nossas vidas.
É triste que não saibamos mais ser humanos.




José João


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