A minha bandeira é só uma

Quero crer que o estado em que mais discutiram o uso ou não de bandeiras nas manifestações foi aqui, no Maranhão. Foi uma discussão de muito alto nível, inclusive foi móvel de profundas reflexões para a mudança que o povo tenta conseguir no Brasil. Fiquei extremamente admirado com os ânimos acirrados dos leva bandeiras e dos não leva bandeiras. Achei isso muito salutar, um discussão com um profundo teor social e político. Me admirei mesmo com esses discursos, mas depois cheguei a uma conclusão: Bem, eles são conhecedores profundos da política nacional, tanto que há mais de trinta anos gritam: Fora Sarney, isto em qualquer manifestação, e sempre no Palácio dos Leões. Não existe Assembléia Legislativa, não existe câmara municipal, Talvez aqui nem exista Brasil, existe: Fora Sarney.

Falaram muito do partidarismo, apartidarismo, fizeram até menção (indevida e infeliz) aos artigos da revolução burguesa de 1.964 (vão me detonar por eu falar assim...revolução burguesa kkk). Mas o que vejo é apenas o orgulho (poque não sei) e a vaidade de alguns em levantar bandeiras representativas de agremiações políticas, como se elas representassem algum anseio nacional. Nesse  nosso contexto atual danem-se partidarismo, apartidarismo tem uma coisa muito superior é o SUPRAPARTIDARISMO. É uma bandeira única levantada por todos os brasileiros e todos os partidos, sejam de direita, de esquerda, seja de

que matiz for. Porque tem que haver bandeiras de partidos se quem pede socorro é o Brasil? O Brasil não tem bandeira? Para muitos não, principalmente para aqueles que são capazes de lutar pelas bandeiras de suas agremiações mas não empunham a do Brasil, por que esta unifica os brasileiros, não os diferencia, e amanhã, para a história, eu sou apenas mais um brasileiro como uma bandeira brasileira na mão e assim não vou poder registrar a ação heroica do meu partido e a ...minha. Penso que dos trinta partidos políticos que existem atualmente e dos mais trinta e um  em fase de registro, todos o seus membros são brasileiros, se eles se fizerem presentes com a bandeira brasileira na mão, não deixam de ser partidários e continuarão sendo  brasileiros também.  E os partido políticos, talvez pela primeira vez, se fizessem realmente representantes da nossa República: República Federativa do Brasil
Obs.: Quando nós brasileiros expurgarmos a corrupção nesse país, adivinhem quem  vai junto.

José João

25/06/2.012