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terça-feira, 3 de junho de 2014

O grito do silêncio da morte.

Ouçam. Ouçam o silêncio parado em cada cruz,
Chorando um nome que nunca mais vai ser ouvido.
Ouçam o esganar da morte cantando um canto macabro
Como se fosse eco dos tiros a se fazerem musica,
Sem melódia, nos versos enterrados como corpos.
Ouçam o desespero do tempo gritando chega...
Chega de sangue pintando as ruas em desenhos
Com gosto de ausência, com cheiro de tristeza.
Chega, diz sussurrando baixinho, sem força de gritar,
Os corações feridos que choram as perdas estupidas,
As vidas perdidas, os sorrisos mortos, os futuros vazios.
Malditos, malditos sejam os assassinos, todos eles...
Todos eles. Marginais sem alma, espíritos imundos,
Que um dia se perderão nos seus rastros e se afogarão
No próprio sangue, comerão seus pedaços podres,
Como banquete servido às suas mesquinhas almas.
Que se sufoquem com as suas gravatas de seda, 
E que suas lembranças sejam o olhar vazio, perdido,
Daqueles que foram vitimas de um mísero inseto
Vestido de humano. Que Deus nunca...nunca
Se apiede de suas almas podres, fedorentas e assassinas.
Que morram afogados nas lágrimas das tantas mães
Que choram a perda de suas crias.


José João
03/06/2.014

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