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sábado, 10 de setembro de 2011

O cálice e o cale-se





No canto, um cálice entornado e vazio
Na alma, um cale-se, silêncio sem canto
O cálice da mesa entornado e frio
No cale-se da alma a tristeza é um pranto


No cálice a marca de um beijo vermelho
No cale-se a dor de um silêncio profundo
Cálice, vinho, palavras ditas sem zelo
Cale-se é o grito de um amor moribundo


No cálice, vinho perdido em gotas derramadas
No cale-se, sonhos perdidos no vinho da noite
No cálice, um cale-se como um grito, um açoite


O vinho, no cálice, como fazendo esquecer
A dor do cale-se como fazendo sofrer
Cale-se é dor. O cálice é morrer sem viver


José João
   

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