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quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Te fiz a lápis





Tu és a beleza mais natural de todas as belezas,
Até pedi licença pra Deus pela tua criação,
Lhe pedi um pouco de sua inspiração divina,
Um pouco de sua santificada ternura,
Até a meiguice de seu olhar santificado, pedi.
Tudo isto para te fazer a beleza que és.
E fiz, tu és linda, diria... és perfeita.
Pedi a cor da noite para pintar teus cabelos,
Do mais lindo por do sol já visto, dele, tirei
A cor macia de tua pele em matizes angelicais.
Da mais perfumada flor do campo tirei o perfume...
Te dei. As outras flores de invejaram, choraram até.
Das ninfas tirei a forma do teu corpo maravilhoso,
Belas e suaves curvas em harmonia com o universo.
Tua voz, a mais linda do mundo, nenhuma igual
Afinal tirei-a do canto do uirapuru.
Teus olhos dois pedacinhos que tirei do céu
Com a permissão do Criador, ele estava curioso
Para ver tanta beleza, quando finalmente... te vimos.
Tu ficaste, realmente, a poesia maia  perfeita.
Uau! Um grito de exclamação de Deus.
Ah! o tempo, esse tempo que te fez crescer!
Essa vida que te ensinou a não ser...
Te viste, te admiraste, te orgulhaste
Começaste a te fazer bem mais por tua vontade
Teu orgulho nasceu de ti, tu mesma o criaste.
Ficaste mesquinha com teu  incoerente pensar.
Tua vaidade foi tanta que até querias
Nem mais pisar no chão, como se fosses única,
Minha criação não estava mais perfeita,
Nos enganaste, a mim e a Deus e Ele me repreendeu.
Tristeza minha, te fiz a mais perfeita poesia,
Poesia que o  próprio universo se orgulhou de proteger
E guardar, fiz com que as flores te invejassem... mas
Vê bem,  deixaste de ser minha mais bela poesia,
Orgulho, vaidade essas coisas não te dei.
Por tanto vou te apagar... te fiz a lápis.
Pronto... que ninguém lembre tua existência.


José João
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