Sempre quis denominar alguma coisa de acéfalo, mas como?
Tudo tem cabeça ou tem um chefe, aliás era o que pensava, até que
me disseram: A mula sem cabeça. Bem, a mula sem cabeça é uma
história mitológica, não me bastava. Queria o palpável e sendo
assim jamais havia conseguido. Pensei em alguns homens... mas
acéfalo! Para um homem? Não, não caía bem, embora muitos se
pense ser por fazer da cabeça uma mera terminação do corpo, ou-
tras vezes por ser apenas um objeto de adorno, nossos políticos,
são um clássico exemplo. Então deixei valer a suposição, supõe-se
que todos os homens têm cabeça, então me veio aquele adágio po-
pular: Cada roca com seu furo, cada cabeça com seu uso, aí con-
cluí: Um homem só não pode caracterizar o acéfalo. Frustração por
mais uma vez não encontrar um exemplo, mas desistir? Nunca, lon-
ge disso. Foi quando a sorte sorriu finalmente. Alguns homens, a-
cho que eram homens sim, estavam vestidos de paletó e gravata e
usavam um escudo na lapela, discutiam acirradamente quem tinha
mais cabelos brancos, menos os carecas que não entendiam aquela
discussão e um outro de vasto bigode parecendo muito preocupado
tentando acalmar o ânimos. Foi então que percebi: Realmente um
homem só não pode ser acéfalo, pois acéfalo é uma sociedade for-
mada por um grupo de homens carecas, cabeludos, gordos ou ma-
gros, altos ou baixos, geralmente bem vestidos, ouvindo a experiên-
cia de um Bigode desesperado. Isso me fez pensar nos grupos so-
ciais alguns, grupos políticos, e me ficou uma dúvida: Será que aqui
no Maranhão, atualmente, tem algum grupo acéfalo? Isto a se consi-
derar que BIGODE NÃO É CABEÇA.
José João
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