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domingo, 27 de novembro de 2011

Pedi tão pouco e me deste tanto





O que me resta te pedir ainda, se a mim
Tudo já me deste. Que me resta pedir
Que a mim já não tenhas dado?
Todos os sonhos já me destes,
Sonhei todos os sonhos possíveis de sonhar
E os impossíveis me fizeste pensar
Chorei tantas lágrimas que meus olhos,
Até hoje, brilham como tristes diamantes
(os diamantes ficam tristes se não são vistos)
Saudades! Ah! Quantas já me destes!
Saudades vivas, saudades cruas, saudades duras,
Saudades de ontem, saudades de hoje,
Saudades de amanhã, até saudades de sempre.
Devaneios! Quanto então me destes!
E todos eles ficaram entre os sonhos que se foram.
Que me resta te pedir que já não me tenhas dado?
Me deste até muito mais do que pedi,
Me fizeste sentir a solidão que não pensava existir
Assim, tão forte, tão intensa, tão verdadeira
Que me fez fazer das noites longas horas
De contrição, de confissão e de lamentos
Como se a vida fosse um doloroso conto do destino.
Que me resta te pedir que a mim já não tenhas dado?
Ah! Amor como nos fazes realmente viver,
Pedi apenas um amor, pedi apenas para amar
Sentir todas a emoções que só quem amou viveu
E o amor me deu tudo isso, ah esse amor!
Amor é isso... é esse livro infinito  e eterno...


José João

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