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sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

O que agora eu sou

Não sou mais o que fui um dia, eu agora sou
Essa tristeza infinda vagando triste por onde eu vou
Cantando cantos de mim saídos de onde não sei
Mas como tristeza, rezo orações que nunca rezei


São cantos tristes, orações perdidas que nunca ouvi
A mim me vêm, voando ao tempo, em volteios leves
Como se fosse do vento a voz me despertando o pranto
Em acordes longos, acordes tristes de soluços breves


Pingos de lágrimas em meu rosto brincam sem esconder
Que a tristeza brinca e se faz eterna por se querer fazer
Como se eu lhe fosse o melhor vazo que ela pudesse ter


E se calo o canto por que de longe me chega um pranto
Enchendo a alma de tantas dores que se fizeram  vivas
Até ontem, até hoje, até sempre em mim, me serão cativas.


José João

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