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segunda-feira, 23 de novembro de 2015

No Japão professor é rei...aqui é um "zé"

É assustador a violência estudantil. As autoridades locais alegam que isso é em todo o Brasil, e daí? Eu não moro em todo o Brasil, eu moro no Maranhão. Eu não exerço a função de professor em todo o Brasil, exerço aqui no Maranhão. Embora não queira fazer a categoria de vítima, é preciso dizer que não faço, apenas e infelizmente somos. A violência nas escolas vai desde as ameaças, insultos até às agressões físicas. Violência aluno contra professor, aluno contra aluno, nesse caso, chegando até a via dos fatos, como já é comum aqui nesse Estado, sob a "cegueira" das autoridades.
Agora, recentemente, uma aluna deu duas facadas na outra (alunas de escolas diferentes) como já disse, fatos corriqueiros, mas o que me surpreendeu foi a declaração da promotoria responsável pela ações educativas nesse Estado. Ele disse mais ou menos assim: - Nós temos que trabalhar essa temática dentro da escola, como tema interdisciplinar, transversal, dentro da escola. O que está se sentindo hoje também é que as escolas ...não estão trabalhando a contento de começar a mostrar...isso é um reflexo daquilo que também não está sendo orientado, dentro da família como da escola -. Está bem assim? Então professores, trabalhem a contento, orientem os alunos. Pra mim é revoltante essa declaração, me faz crer que as autoridades estão alheias a esse contexto de violência e de como ele acontece nas escolas. Sinceramente acho que se esses "baluartes da educação" saíssem do conforto de suas salas climatizadas, visitassem as escolas veriam, Primeiro: A violência do Estado ao afirmar que algumas "construções" são escolas. Segundo: O descaso com os professores que, nas salas de aula, não têm cadeira e nem mesa para seu uso. Terceiro: O desconforto visual, são paredes mofadas, salas sem pintura, piso quebrado. E finalmente, a violência a que os professores são submetidos por pseudos alunos, e também as agressões e tentativas de assassinato aluno/aluno.
Há de se dizer que não é a escola o maior agente educacional do individuo, se o fosse casos assim, como o que cito agora, não aconteceriam: Uma agente de trânsito foi condenada por abuso de poder e danos morais por ter, em uma blitz, verificado que o magistrado dirigia sem carta de habilitação, e o veículo não tinha placa e nem documento. Agora vejamos, se a escola educasse esse magistrado teria tido esse comportamento? E veja ele é um doutor da lei, mas...a escola o educou? Olhemos agora uma situação futura. Caso esse juiz tenha filhos, que professor poderia educa-lo? Será que ele, o filho, aceitaria ser chamado a atenção, tendo como exemplo as ações do pai? Certamente o Sr. Juiz iria na escola e...coitado do professor. Vamos mais um pouquinho além. Os juízes ou desembargadores, não sei, que deram causa ganha a esse magistrado, também não frequentaram escolas? Também  não são doutores da lei, especialistas em discerni-las? Será que professores não tentaram educa-los? E eles se educaram? E os filhos destes também, com os pais tendo esse comportamento, será que são educados ou são daqueles, o que é bem provável, que mandam o professor ir tomar no... 
O que deve haver, e as autoridades se esqueceram, ou nunca aprenderam, é disciplina, sem esta não existe aprendizagem. Mas o que vemos, aliás o que não vemos, são essas mesmas autoridades se aliarem aos professores, darem assistência a esses, ouvi-los nas suas experiências de sala de aula, que duvido, um promotor ou juiz possa ter. É o Estado por a disposição das famílias e da escola, assistentes sociais, psicólogos, no contexto atual, que policiais fosse nos colégios dar palestras. Isso é que deveria ser feito. Não é culpar professores pela inércia e incompetência das autoridades constituídas.


José João
23/11/2.015

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