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terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Acho que era outro Jesus

A mim não me parece ser Jesus,
Esse que agora mostram, ter sido aquela criança
Que brincava descalço na beira do rio,
Que ria as gargalhadas, que corria nas ruas
Brincado de "não-me-pega" com os coleguinhas,
Que sempre lhes perguntavam o que não entendiam.
Não, aquele Jesus criança não é esse que me dizem,
Que me mostram, esse homem que nem sei
Se sabe rezar. O Jesus criança, acreditem,
Não tinha cabelos loiros, não tinha olhos azuis,
As vezes atropelava as palavras, como toda criança
Eufórica, ávida a contar coisas de criança para a mãe.
Aquela criança que imitava os pássaros, 
Que conversava com o tempo as coisas de seu pai,
Aquela criança que as vezes a mãe dizia:
Jesus, vá dormir, mas reze antes, ouviu?
Jesus era criança, uma criança divina, mas criança,
Que ressuscitava pássaros, fazia voar pássaros
De barro que Ele esculpia. Perguntava para a Mãe
Coisas do Pai. Ah! Uma vez ele foi dormir chorando
Porque a mãe não lhe permitiu ficar até tarde
Brincando nas ruas. Outra vez, serrando uma tábua,
(ajudando o pai, ele sempre fazia isso, era uma profissão)
Fugiu para o rio, queria brincar com os coleguinhas
Ah! Mas José ficou bravo e... lá vai Jesus...
De castigo, José era um pai como qualquer 
Outro  bom pai. Maria era mãe como qualquer 
Outra boa mãe. Só Jesus que seria criança como qualquer
Outra criança, até brincava de ressuscitar passarinhos
E amiguinhos, por isso era diferente, mas diferença maior
É que Ele não era loiro, não tinha olhos azuis, mas era santo. 
Jesus foi criança sim. Tem dúvidas? Pergunte pra Deus.


José João
24/01/2.017

Um comentário:

  1. José João, esse ensaio em forma de poesia, é a forma mais clara e mais lúcida à respeito das maneiras com que variados "Pastores" e "Padres" se aproveitam da vasta ignorância de uma grande maioria de incaltos.
    Um abraço companheiro José João.

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