Algumas vezes pensamos que o mar nos mostra sua fúria, mas quem sabe esteja apenas nos dizendo: Cuidado!
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sábado, 21 de julho de 2012
Vamos brincar de... O queeeeê?
Saudade, nostalgia, é o que sinto quando lembro das brincadeiras das crianças
do meu tempo. Na verdade elas eram até inocentes. Minhas irmãs brincavam
de boneca, ainda aos doze anos. Brincávamos de pega-pega, ciranda. Ciranda
cirandinha, vamos todos cirandá... arrocha, arrocha formiguinha... o cravo bri-
gou com a rosa...coqueiro, coqueiro tão alto que...Dá Saudade, mas tudo pas-
sa, surgem outros valores, outros pensamentos, inventam novas brincadeiras,
é como se diz:É o desenvolvimento.Depois dessa era nostálgica foram surgindo
as brincadeiras mais violentas, de bandido e polícia, no começo era um proble-
ma, ninguém queria ser bandido, depois ficou o inverso, todo mundo queria ser
bandido, já não queriam ser o policial, aí vinha a discussão: "Tá" bem, nessa eu
vou ser policial, mas na outra eu vou ser bandido. E por aí ia. Novos tempos,
outros valores, novas brincadeiras. Aí surgiu a brincadeira do ladrão, sempre ge-
rando discussão na escolha de quem era quem Vamos brincar de ladrão. Dizia
alguém. Vamos, mas eu vou ser o senador. Não o senador vai ser eu, você vai
ser o deputado.Tão elitizada ficou essa brincadeira que ninguém quer brincar de
ser vereador, é de prefeito pra frente, e olhe lá o deputado estadual!
Há algum tempo a opção era ser jogador de futebol, alguns até ainda querem, a-
queles que se vêm com algum talento, por exemplo, o de ser fundista, isto quer
dizer, correr muito e ter resistência, a bola fica para depois. Mas o que pegou, e
muito, é ser político. Dizem ser a lei do menor esforço, jogador de futebol corre
muito, isso cansa, não se compara trabalhar no ar condicionado, com todas as
mordomias possíveis e até inimáginaveis. Depois não precisa ter talento para ser
senador, deputado, presidente, na verdade não precisa nem estudar. O requisi-
to exigido é ser um bom prestigitador, pode ser analfabeto, não tem problema, ah
tem também que ser demente, aquela de não sei, não vi, não ouvi.
Alguns mais exigentes com suas performances politicas fazem um curso de cara de
pau, isso para uma melhor qualificação, e deixar o currículo mais rico. Como vêm,
pelo custo beneficio, vale a pena. Você pode até ser procurado por toda a polícia
do mundo mas aqui, no Brasil, você está protegido. Você pode tranquilamente, e
sem medo, "malufar", "colo(rir)", "sarneyzar", "lular". Você pode até "dar só uma
por dia" (entrevista) como diz a presidentA: "Só dou uma por dia" (entrevista). E
se por acaso, quiser satisfazer seu ego megalomaníaco, vá contra as regras gramá-
ticais e mude a gramática, tudo é permitido. Isto é o Brasil, onde o povo sempre
está indo para.. para... o que estão pensando? Não. É para o garbo VARONIL.
José João
21/07/2.012
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