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segunda-feira, 20 de julho de 2015

Meio milênio de Brasil

primeira bandeira brasileira

Acordo gigante, levanta desse berço,
Desperta que quinhentos anos se passaram
Vê, tens um quarto da vida de Jesus
Os que disseram que és criança te engaram

Levanta gigante, desperta e vai a luta
Que ao povo o berço esplendido é de espinhos
Que aos estrangeiros te entregaram sem reservas
E aos teu filhos lhes fecharam os caminhos

Que musica há de se ouvir para alegrar?
Se é réquiem o "som do mar...do céu profundo"
E há de se ouvir sete salvas de canhões
Para um povo triste, como triste moribundo

Da glória do passado a um futuro de paz
O verde louro da flâmula, jaz, desbotou triste
Chorando a morte de heróis que um dia houveram
Que outros, nem em esperança, em nós agora existe

Que sol a um Novo Mundo há de iluminar?
E que novo mundo, gigante, te tornaram?
Do brado retumbante e a clava forte
Certamente teus novos filhos não herdaram

Teus órfãos se perdem desde dor mesquinha
Até a mais forte e perversa inanição
Enquanto de deitaram em berço esplendido
Teus pobres imploram por um pedaço de pão

Se posso em verde representar tua bandeira
Uma outra qualquer dia haverá de se hastear
Que a mata foi queimada e o "mato" se alastra
Em sonhos dementes: de morrer ou de matar

Deixa que contigo chore a dor que agora sentes
De rasgarem teu ventre pela troca de dinheiro
Que triste ver tua riqueza assim...de te fugir
E estar em mãos de  um qualquer aventureiro

E assim até as estrelas do céu ficaram tristes
Como se delas haja fugido a beleza natural
Olhos tristes vagueiam o céu procurando o Cruzeiro
E encontram em seu lugar um pesadelo bem real

Acorda gigante...que já fazem quinhentos anos
Desde a calmaria a teus genuínos que queimaram
Acorda gigante, que já fazem mais quinhentos anos
Desde que aquelas naus em Porto Seguro atracaram.

E a quem agora, gigante, porto seguro tu és?
Se a morte em tuas equinas ronda a vida cruelmente?
Se os pirilampos que em festa voavam alegremente
Hoje se confundem com perversas balas incandescentes?

E a luz da liberdade do sol que me contaram,
Triste, sem calor,  por tantas tristezas se exauriu
Mas um novo grito de Independência haverá de se ouvir
E tu voltarás a ser novamente...o nosso bravo Brasil

poesia publicada em
03/03/2.003
(vejam bem essa data)
reedição.




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