Algumas vezes pensamos que o mar nos mostra sua fúria, mas quem sabe esteja apenas nos dizendo: Cuidado!
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domingo, 6 de maio de 2012
Meus heróis são mesmo heróis
Heróis, todos falam deles, admiram, mas alguns historiadores
acham que faltam heróis em nosso país. Não acho, no Brasil
temos heróis sim, e verdadeiros. Verdadeiros brasileiros que
fizeram de suas vidas uma história de luta, de conquistas, de
muito sofrimento e brasileirismo.
Lamentavelmente a história foi, e ainda é escrita com a visão
burguesa, isto faz com que "façam" dela apenas um narração
conveniente às suas intenções, daí a pseudo falta de heróis
nesse país. Alguns deles, criados pela burguesia, têm suas
biografias alteradas ou com omissões importantes, já os que
foram heróis por suas ações e atitudes, na defesa do povo,
são tratados como marginais. "Nossos livros didáticos" não
citam esses atores, afinal para que mostrar ao povo que do
povo saíram heróis?
Meus heróis, aqueles que são citados pela história burguesa,
são todos caracterizados como loucos ou assassinos, isto
por que suas histórias não puderam ser ocultadas, já aqueles
a quem conseguiram ocultar e os fizeram invisíveis aos olhos
do povo. Meus heróis nunca dizimaram 75 % da população
de um país obedecendo vontades politicas estrangeiras. Meus
heróis nunca foram agiotas emprestando, a escorchante juro,
dinheiro conseguido com sonegação de impostos.
Antonio Vicente Mendes Maciel, um dos meus heróis, aquele
que recebia as vítimas da seca de braços abertos, aquele que
criou uma comunidade onde todos tinham acesso à terra e ao
trabalho sem sofrer os maus tratos dos fazendeiros tradicionais.
"Ameaçou" a burguesia representada pelos fazendeiros e pelo
clero, aquele que com mulheres, crianças, velhos e apenas
alguns agricultores impôs uma humilhante derrota à tão elogiada
Guarda Nacional por isso Antonio Conselheiro foi caracterizado
como fanático religioso, louco, contra-revolucionário, anarquista,
perigoso e tantos outros adjetivos absurdos para justificar um dos
maiores e mais absurdos genocídios desse país
Meu outro herói é aquele que a história não diz que recebeu
a patente de capitão do Exercito Brasileiro Patriótico quando
foi preciso lutar contra a coluna de Prestes, por que a Guarda
Nacional... bem, a Guarda Nacional precisou dele, também foi
chamado de assassino, mal feitor, cangaceiro, por que ousou
enfrentar a burguesia, agora o que é pior, tem uns FDP que até
insinuam agora ele, Lampião, era.. .homossexual, pode?
Dá vontade de mandar esses p... para PQP.
Outro dos meus heróis, Chico da Clotilde. Alguém conhece?
Não?! Não conhecem Francisco José do Nascimento? Nem o
Dragão do Mar? Jangadeiro que comandou o grande movimento
abolicionista no Ceará fazendo daquela província a primeira do
Brasil a abolir a escravatura. Foi homenageado no Rio de Janeiro
onde chegou a bordo do navio negreiro Espírito Santo, levando
sua jangada para o museu.
Luis Gonzaga Pinto da Gama, esse a história convencional tornou
invisível. Ex-escravo, poeta, jornalista, advogado militante e, óbvio,
negro, combateu a burguesia, não poupou nem o Imperador, sua
habilidade como advogado o levou a libertar judicialmente bem
mais que 500 escravos, isto muito antes da Lei Áurea. Primeiro
grande vulto abolicionista do Brasil. No funeral desse herói foram
3.000 pessoas quando a população de São Paulo era de 40.000.
Bem... são esses os meus heróis, a quem a história burguesa
chama de loucos, de assassinos, ou os faz invisíveis. É isso aí.
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