Banner

Pesquisar

domingo, 31 de março de 2013

Sugadores de mentes


Sugadores de mentes, vampiros do pensamento. Qualquer qualificativo que expresse a exploração das editoras, a intenção de se apropriar, por engodo, até usando de má fé, das produções de poetas e escritores,  é válida. Essas empresas, longe de serem um veículo de reproduzir conhecimento, são, na verdade, com raras exceções, nefastas, as vezes até inescrupulosas organizações que fazem da cultura, de maneira irresponsável, apenas um meio de ganhar dinheiro, e acreditem, fácil.
Todos sabemos o que hoje é o Brasil em se tratando de educação e cultura. Um desastre, uma miséria, uma vergonha. As pesquisas sobre leitura dos brasileiros no dizem, simplesmente, que o brasileiro não lê. Culpam os professores por essa desastrosa calamidade pública, é isso que virou a nossa falta de cultura, uma calamidade pública. Depois vêm alguns imbecis sugerindo um fiscal em sala para cronometrar o tempo de aula do professor. De imbecis o Brasil está cheio (que o diga nossa Câmara Federal e Senado) só que gostaria de ver se esses mesmos imbecis têm coragem de gritar contra o absurdo que as editoras impõem aos verdadeiros produtores de cultura, contra os verdadeiros produtores de idéias. 
O Brasil é um país rico de intelectuais, mas muitos não saem do anonimato por não se dobrarem aos que se  dizem donos de editoras, mas que no frigir dos ovos são verdadeiros picaretas, raposas gulosas, travestidos de editores. É fácil ver isso, vejam o preço dos livros, qualquer que seja o livro, é um absurdo, mas veja o custo de edição! Livros de poesia, por exemplo, por que não são editados com novos e bons poetas? Porque estes não se dobram a essa máfia, mas aqueles que querem massagear o ego, talvez pela própria dificuldade de produção, existem poetas e poetas (entendem o que quero dizer) se entregam nas mãos desses destruidores de cultura e pronto. Coitados. Ficam sem serem mais donos de nada, nem de seus próprios pensamentos.
O brasileiro não lê mais coisas novas, autores novos, poesias novas por que as editoras não deixam, e quando falamos de editoras de livros didáticos, aí que os urubus sentem inveja. Existem editoras, aqui nesse Brasil de analfabetos, que querem exclusividade por uma obra literária, durante 5  (cinco) anos por, pasmem, R$ 300,00. A poesia passa a ser patrimônio da editora e nem o autor tem mais nenhum direito sobre ela, e a editora pode fazer dela até uso publicitário sem mais nenhum bônus para o autor. Você entregaria sua criação por esse valor? É assim que os verdadeiros mentores, produtores de cultura, são tratados nesse país de miséria. Nesse contexto só posso agora acender velas para a agonizante e moribunda cultura, que as editoras também, e o que é pior, enterrarão num miserável esquife. Mas os poetas continuarão. Afinal o que seria o mundo sem a poesia? Não seria mundo, seria o covil desses degenerados editores.


José João
31/03/2.013


Um comentário:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...