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quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Um pedaço de Jesus





Maldizer a sorte no livro escrito,
Ou no silêncio calar a voz ?
Ser divino, ser Jesus, ser proscrito
Ou ser homem como tantos nós?


Calem-se para que o silêncio nada diga
É melhor que mentir e fazer outro Jesus
Que filho do homem, se fez homem se fez vida.
E como santo que santo foi morreu na cruz


Ó dor que lhe rasgou a carne. "Divina dor"?
Que lhe fez gritar: Pai porquê me abandonaste?
Lágrimas, no rosto, lhes caiam sem pudor
Mudo perguntava: Sou , na verdade, o filho que criaste?


Qual dor a este Cristo é mais cruel? Da carne?
Ou do jamais ver o que era seu?
Nos lábios o gosto amargo do maldito fel
Na mente o doce gosto do beijo que ela deu.


E tu, Madalena. diz-me como a Ele tanto amaste?
Diz-me que dor choraste ao ve-lo na cruz?
Que grito ao mundo gritar ousaste?
E a quem pesrmitiste criar o filho de Jesus?


José João

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