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quarta-feira, 21 de março de 2012

Como calar esse grito?





Calar?! Como calar esse grito?
Que explode de dentro do peito
Como chama ardente de furor que não cala,
Ou como ira latente que clama liberdade.
Na explosão de si mesma por ser preciso
Para não sucumbir de joelhos dobrados
Em orações não ouvidas por atoas homens,
Por nada perdidos, por nada eles serem.
Gritar a verdade mais crua por ser tão cruel
E dizer: Levanta e não pede!
Se estendes as mãos, te cospem no rosto.
Não te curves ante os reis da carne
De almas dementes a até mais carentes,
Que mesmo a tua. Levanta a fronte
E grita bem alto: Sou gente!
Não deixa que os homens te sufoquem
A vontade de ser mais, ser melhor.
Não deixa que teus sonhos fiquem bêbados,
Caídos na calçada dura dos teus receios.
Grita que os ratos são ratos, 
Que as gravatas são laços,
Pedaços de nada deitados num peito 
Que vaga sozinho, sem saber sequer de uma oração.
Grita, um grito atrevido, rebelde.
Grita que a loucura da gente
É razão aparente que as vezes se esconde
Tão dentro da gente que buscá-la é heroísmo.
Vai buscá-la, vence teus receios, teus temores.
Os covardes e os heróis andavam juntos,
Todos sentiam medo, todos correram,
Só que os heróis correram na busca do que descobrir.
Por tanto medo quiseram logo decidir
Pra não sentir mais medo amanhã.


José João





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