Quando a espada da justiça se levanta
Em aço frio, cruel em duro gume
Sem escolha de raça ou credo, só justiça
Que livra o inocente e ao culpado pune
Quando em grito de justiça a mulher cega
Nua de pecados vestindo uma balança
Que fiel se apruma ao tempo sem passar
Se faz deusa, a todos seu braço alcança
Assim a justiça se faz justa
Desde que ela só em decisão se tome toda
Entretanto chegam tantos e atoas homens
Que o martelo de carvalho a deixa louca
Que sentimento, sentido de tormento
Que aos réus julga, culpa ou advoga
Na justiça suas feridas viram chagas
Que lhe mancha para sempre e pura fica a toga
Que não veste a justiça nem cobre sua nudez
Pela inocência de justa igualdade assim se diz
Entretanto sentença injusta, aquela que o réu maldiz
Não é a justiça quem dá. Mas um homem, um juiz!
José João
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