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quarta-feira, 7 de março de 2012

Divina sementeira





Sementeira perfeita e crua
Adubada com carinho e nua
No escuro, dá luz e cria
Na flor luzente, doce magia


Sementeira de flor aberta
Passiva na entrega ardente
Da doação, fábrica de gente
Por prazer não por carente


Sementeira, mulher, mágica flor.
Divina, encontra prazer na dor
E chora sorrindo a dor que sente
Mesmo a vida lhe rasgando o ventre


Semente viva no céu guardada
Que o tempo um dia, pela flor ardente
Se faz presente em um novo mundo
E a semente se faz de gente


Doce magia, sementeira viva
Cândido anjo de um céu qualquer
Sementeira pura de sementes nuas
Luzente flor... doce mulher!



José João

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