Como espada,
Espada fina de dois gume
Sangrando um coração carente,
Sai o sangue em queixume
Pra regar triste semente
Que vai nascer como planta
Dentro do peito da gente.
Olha a tristeza nos olhos
Um olhar que tristemente
Não se sabe se é do homem
Por ser um olhar tão demente,
Punhal fino de dois gume
Como navalha afiada
Corta até o pensamento
Faz o amor não ser mais nada,
E a saudade se arrasta
Traz com ela a solidão,
Faz a vida ficar triste
Faz do pranto uma oração
Punhal fino de dois gume
Trespassa o coração da gente
Mata sonho e ilusão.
José João
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